Wednesday, August 30, 2006

Do noivo

Ele não faz comentário ao meu blog. Decidi perguntar-lhe o que pensa do post anterior e a resposta foi: "é o teu exibicionismo-choque como arma de sedução, de atracção". Não é giro, o meu rapaz?

P.S a transcrição foi devidamente autorizada, como é evidente.

Desafio aceite

apesar de jamais poder competir com estas hilariantes confissões.

1. Sofro de uma irremediável dor de cotovelo das pessoas que têm uma vida organizada. Aquelas que trabalham, vão ao ginásio, fazem jantares para os amigos semanalmente e levam os três filhos ao piano, violino, natação, tenis e taekwondo, e os cães a cagar nos passeios.

2. Tenho a mania que sou uma pessoa interessante só porque sou desorganizada, insatisfeita, impossível de aturar e por ir à psiquiatra.

3. Não sei gerir o dinheiro

4. Acontece-me com alguma frequência ser atingida por merda de pássaros

5. Sou a única pessoa que conheço que gostava de ter mais pêlos na zona púbica

6. Não sei que raio de impulso me leva a revelar ao mundo que gostava de ter mais pêlos naquela parte, ou que perdi a virgindade aos 20 anos.

Tuesday, August 29, 2006

Adeus Camaradas*

Foram três anos, com algumas interrupções, a partilhar dois andares nos Pinhais da Foz. Confesso que vivi** momentos gloriosos como as duas festas de despedida, uma de reentrada, almoços e outras festevidades. Pelo meio também trabalhei, claro, mas há que admitir, é do convívio que vou sentir falta. Houve alturas em que pensei que poderia fazer parte dessa comunidade de arrogantes, mas não vale a pena chorar sobre o leite derramado***. E porque mais vale um pássaro na mão do que dois a voar****, troco o 1.º andar dos Pinhais da Foz, pelo 2.º da Gonçalo Cristóvão.
Não era minha intenção que isto parecesse aqueles e.mails que a malta do marketing manda ao pessoal a despedir-se com a treta dos novos projectos que vão agarrar, blá, blá, blá, mas, enfim, é o que se pode arranjar.


*adaptado do romance "Até Amanhã, Camaradas" de Manuel Tiago e copiado de vários títulos de blogs aquando da morte de Álvaro Cunhal
** retirado do romance de Gabriel Garcia Marquez
***sabedoria popular
****idem

E por falar em principezinho

"As pessoas queriam falar com as galinhas, mas elas não sabiam falar inglês. Havia uma galinha que pensava que falava inglês, mas não falava. As pessoas estavam a ficar furiosas e chamaram os maus para matar a galinha".*

*sonho da bea

Sunday, August 27, 2006

O sentido da vida

O primeiro dente da bea, que nasceu precisamente há quatro anos e nove meses, ficou hoje preso na pêra que comeu no jardim de Serralves.

Saturday, August 26, 2006

Perdi a paciência

para o Saramago. Já não acho piada aos quilómetros de frases pejadas de ironia, sarcasmo e crítica à sociedade em geral e modernidade em particular. Tenho que comprar mais livros de Alfredo Bryce Echenique, ou melhor descobrir autores que me façam chorar. Como chorei com o "Principezinho", ou "A Origem", da Graça Pina de Morais, ou ainda, mas recentemente, com o "Quem ama não dorme", um livro que desapareceu cá de casa, cujo autor não me recordo do nome . Em vez disso entedio-me com "As Intermitências da Morte"...

Tuesday, August 22, 2006

Se ao menos

tivesse feito uma cadeirita do curso de sociologia, podia sentir que o dinheiro das propinas tinha sido bem aplicado.
Se não roesse as unhas tinha umas mãos mais bonitas.
Se cuidasse da casa talvez convidasse mais vezes os amigos para lá ir.
Se não tivesse dois gatos, uma neurótica e um obssessivo-compulsivo, escusava de carregar com sacos de areia.
Se o Crómio não me tivesse oferecido um CD, não precisava de o ouvir vezes sem conta.
Se a minha querida filha não tivesse o dom da argumentação, perdia menos saliva.
Se o meu noivo não tivesse saído de casa, agora não tinha que voltar a arrumar os livros e a arranjar espaço para mais um aspirador, máquina de café, etc.
Mas nesse caso que raio de piada tinha a minha vida?

Monday, August 21, 2006

Ahahahahahahahahahahahahaha

Você é “Too Shy” dos Kajagoogoo (1983): O seu objectivo é passar despercebido. Se olham para si, fica em pânico. Se falam consigo, fica automaticamente sem palavras. Você tem um lado sensível e altamente interessante mas que dificilmente consegue partilhar com os outros

(estes gajos é que sabem, eu sempre disse era tímida, mas ninguém me leva a sério...)

Friday, August 18, 2006

Sou contra a violência


em geral, desde a palmadinha com fins educativos, até aos estaladões, murros e outras manifestações de virilidade. Sou contra não por razões filosófico-pacifistas mas porque sei que se tivesse uma arma na mão, num dia como hoje, matava gente. Matava assim como se nada fosse. Pum, e agora vais dizer que te esqueceste, grande vaca? e a seguir ainda lhe cuspia em cima.

Thursday, August 17, 2006

Haverá

coisa mais decadente do que cortarem-nos a electricidade? O melhor é vender já o apartamento, montar uma cabana, levar para lá o amor e...depois logo se vê.

Monday, August 14, 2006

Das duas uma

ou não ando a pensar, ou não ando a dizer.

Thursday, August 10, 2006

Eu sou das

que tem os pés giros. Teoria tirada daqui

Wednesday, August 09, 2006

Descobri

uma forma de não levar os problemas tão a sério. Imagino-me daqui a dez anos a olhar para este momento e a não me lembrar da angústia que a instabilidade profissional me causa. Pior (ou melhor), provavelmente vou achar que era muito feliz, a Bea só com 5 anos, o casamento à porta, só precisar de um dia para curar ressacas (imagino que daqui a dez anos demore mais), amigos giros e divertidos para beber uns copos, ver cinema, etc.
Nesse tempo em que vou olhar para agora e ver como era feliz, é claro que me vou sentir infeliz. É a filha que é adolescente, os amigos que têm filhos pequenos (ainda bem que também tenho amigas com os filhos pequenos agora), o trabalho que não me permite tirar férias, etc.
Sim, eu sei que não é a descoberta do ano. Já o povo, essa enciclopédia do saber, diz que o tempo tudo cura. Mas neste caso o tempo não é a cura, é o instrumento, anda-se com ele para trás e para a frente e, posso garantir, para além de divertido é bastante clarificador.
Basta recuar àquele momento em que imaginávamos como seríamos dali a uns anos. E, voilá, já somos. Aliás, eu até já passei, porque nunca me imaginei para lá dos 30.

Sunday, August 06, 2006

Cinco meses

depois consegui arrumar o roupeiro. Mais vale tarde do que nunca.

No taxi

É raro não encontrar taxistas cheios de vontade de dar opiniões ou falar sobre a vida, mas fiquei verdadeiramente espantada com o taxista sindicalista que apanhei um dia destes. Ele queria, porque queria, que eu pusesse em tribunal as minhas entidades patronais. "A menina guarde esses talõezinhos todos", dizia ele, "isso prova que usa os meios da empresa para trabalhar, por isso eles são obrigados a pô-la nos quadros". No fim da corrida ainda pensei que ia ouvir "um força camarada", ou "unidos jamais seremos vencidos", mas ele limitou-se a um "boa sorte e bom trabalho". Afinal, a China já não é o que era e até o Fidel está a morrer, por isso não exageremos...

Wednesday, August 02, 2006

A garganta também conta

Parece-me que sou daquelas pessoas cuja voz não corresponde minimamente ao aspecto físico. Quando calha conhecer alguém depois de falarmos ao telefone, acho sempre que olham para mim com um ar de espanto. Já me disseram que me tinham imaginado loira. É claro que não vem nenhum mal ao mundo por causa disto, mas se a minha voz for melhor do que eu tenho um problema, um problema grave, porque eu odeio, com ódio verdadeiro, falar ao telefone...

Tuesday, August 01, 2006

Engordei

Estamos em Agosto, por isso há que pensar em futilidades. Um quilo a mais distribuído pelas coxas, barriga e mamas.